Saneamento ecológico: uso de urina humana como fonte de nitrogênio no cultivo do milho (zea mays) / Ecological sanitation: use of human urine as a source of nitrogen in corn (zea mays) cultivation

Abstract

A eliminação dos resíduos domésticos diretamente no solo e em corpos hídricos causa sérios impactos ambientais negativos sobre a água e solo. Por outro lado, dentro de um processo sustentável de produção agrícola, esses resíduos poderiam ser utilizados na nutrição mineral dessas plantas. Nesse sentido, realizou-se um estudo de caráter experimental dentro das imediações do IFSP - Câmpus Avaré, em um delineamento totalmente casualizado, com 5 tratamentos e 4 repetições, totalizando 20 vasos com capacidade de 25 litros. O experimento foi composto por um tratamento controle (T1: sem adubação de cobertura), ureia (T2: 120 kg/ha de nitrogênio em cobertura) e urina humana (T3: igual concentração de nitrogênio, T4: dobro concentração de nitrogênio e T5: triplo concentração de nitrogênio), as aplicações ocorreram 30 dias após o desbaste, mantendo apenas 2 plantas por vaso. Utilizou-se um híbrido simples - P4285, convencional, de alto investimento e produtividade esperada entre 8 e 10 mil kg de grãos por hectare. Aos 95 dias após a semeadura não verificou-se diferença estatística nas medições feitas no diâmetro do colmo de (2,18 cm), na área foliar (355,82 cm²) e nos valores de altura das plantas (41,55). O número médio de dias para emergência foi de 8,74 dias e não sofreu influência dos tratamentos. Quando avaliadas, apenas respostas referentes às doses de nitrogênio em forma de urina, com o controle, obtiveram-se em geral, valores preferíveis para as variáveis estudadas na dosagem de 120 kg de N por hectare, ou, entre 120 e 240 kg de N por hectare. Esse trabalho revela que a urina humana pode ser utilizada, na dose de 120 kg de nitrogênio por hectare, melhorando o desenvolvimento da planta de milho aos 95 dias após a semeadura, antes do pendoamento.