Fibras vegetais para produção de polpa celulósica / Vegetable fibers for cellulosic pulp production

Abstract

O Brasil se destaca como sendo o segundo maior produtor mundial de polpa celulósica de todos os tipos, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Apesar de ter uma riquíssima flora, o nosso país tem como base florestal para suprir o setor de polpa, apenas dois gêneros exóticos que são o Eucalyptus spp. e o Pinus spp. Tendo como primícias, que qualquer matéria-prima fibrosa é passível de ser utilizada na produção de polpa celulósica do ponto de vista tecnológico, a busca por fibras vegetais advindas de não madeira, é uma alternativa que deve ser pesquisada para contribuir em algumas demandas específicas deste setor. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi apresentar, com base em literatura sobre o assunto, alguns aspectos tecnológicos relevantes e que estão relacionados ao uso de fibras vegetais provenientes de madeira e de não madeira, para fins de produção de polpa celulósica e papel. Na análise final deste trabalho foi possível concluir que o Brasil tem uma dependência muito grande de dois gêneros exóticos de madeira para suprir o setor de polpa celulósica e papel, que são o pinus e o eucalipto, sendo este último a espécie mais plantada para atender toda a produção. Desta forma as fibras vegetais não-madeira, se despontam como uma alternativa favorável para esse setor, uma vez que as suas características tecnológicas se assemelham, ou até superam as das fibras derivadas de madeiras tradicionalmente empregadas. Além disso, elas podem ser provenientes de resíduos agrícolas, ou de vegetais os quais ocupam pouco espaço para plantio e requerem um custo baixo para seu cultivo, o que favorece economicamente e ambientalmente o uso desses materiais.