Perfil alimentar de discentes adultos do Instituto Federal de Sergipe / Campus São Cristóvão / Food profile of adult students of the Federal Institute of Sergipe / São Cristóvão Campus
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv7n2-431Keywords:
Perfil alimentar, Discentes, Frequência, Socioeconômico.Abstract
A alimentação dos brasileiros tem mudado no decorrer dos anos, com os alimentos processados e ultraprocessados se tornando cada vez mais acessíveis para todas as idades. Nesse trabalho, buscou-se avaliar o perfil alimentar de discentes adultos do Instituto Federal de Sergipe / Campus São Cristóvão e a frequência de consumo de alimentos in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados. Foi realizado um estudo transversal, a coleta de dados ocorreu no mês de Setembro/2019 e foi realizada por meio de um protocolo de avaliação com questões referentes aos dados socioeconômicos e consumo alimentar dos indivíduos, o estudo foi constituído por 111 indivíduos, com 83,52% dos entrevistados apresentando renda per capita familiar menor ou igual a um salário mínimo. Os alimentos in natura consumidos com maior frequência (quatro vezes por semana ou mais) foram café (53%), carnes frescas (36%) e ovos (34%); as frutas e legumes são consumidos por apenas 26,1% dos estudantes. Dentre os minimamente processados, o açúcar de mesa (59%) e pães (54%) eram os mais consumidos, enquanto que o azeite de oliva é consumido apenas uma vez na semana ou não é consumido por 76% dos discentes. Ao considerar os alimentos processados, o biscoito recheado (23%), extrato de tomate (12%) e carne seca (6%) eram o mais frequentes. Enquanto, que dentre os alimentos ultraprocessados investigados, a margarina, biscoitos em geral e refrigerantes atingiram os percentuais de 36%, 27% e 14%, respectivamente. O estudo evidenciou um maior consumo de alimentos in natura, minimamente processados e ultraprocessados. Porém, os alimentos in natura e minimamente processados mais consumidos pela amostra são considerados menos saudáveis, resultando em um consumo alimentar de baixa qualidade nutricional.
References
ANDRÉIA FOCCHESATTO, et all Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro v. 18, n. 4, p. 779-795, oct/dic, 2015. ISSN: 1809-9823.
ASCHERIO, A.; WILLET, W. C. Health effects of trans fatty acids. American Journal of Clinical Nutrition, v. 66, n. 4, p. 1006-10, 1997.
BADOLATO, E. S. G. et al. Composição centesimal de ácidos graxos e valor calórico de cinco espécies de peixes marinhos nas diferentes Tabela 3. Índices de qualidade nutricional da fração lipídica do filé de cachara, pintado, pacu e dourado. P/S ?6/?3 HH IA IT Cachara 0,44 1,18 1,75 0,54 0,59 Pintado 0,52 0,95 1,84 0,49 0,33 Pacu 0,13 3,65 1,66 0,86 1,16 Dourado 0,49 1,14 1,49 0,70 0,35 P/S = Poliinsaturados/saturados; ?6/?3 = ? da série Omega 6/? da série Omega 3; HH = ? hipocolesterolêmicos/? hipercolesterolêmicos; IA = índice de aterogenicidade; e IT = índice de trombogenicidade. (ULBRICHT; SOUTHGATE, 1991). Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(2): 361-365, abr.-jun. 2008 365 Ramos Filho et al. estações do ano. Revista do Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, v. 54, n. 1, p. 27-35, 1994.
ÇELIK, M.; DILER, A.; KÜÇÜKGÜLMEZ, A. A comparison of the proximate compositions and fatty acid profiles of zander (Sander lucioperca) from two different regions and climatic conditions. Food Chemistry, Champaign, v. 92, n. 4, p. 637-641, 2005.
HOFFMANN R. Desigualdade de renda e das despesas per capita no Brasil, em 2002- 2003 e 2008-2009, e avalia¬ção do grau de progressividade ou regressividade de parcelas da renda familiar. Econ Soc 2010; 19(3):647- 661.
HUWE FG, ANTON LM, EISENHARDT MF, FOLETTO E, JACKISCH S, SEVERO B, et al. Avaliação das características clínicas e epidemiológicas e sobrevida global de pacientes portadores de câncer colorretal. Rev Epidemiol Controle Infecç. 2014;3(4):112-6.
GUIMARÃES, I. C. B et al. Pressão Arterial: Efeito do Índice de Massa Corporal e da Circunferência Abdominal em Adolescentes. Arq Bras Cardiol., v.90, n.6, p.426-432, 2008.
GOMES FS. Frutas, legumes e verduras: Recomendações técnicas versus constructos sociais. Rev. Nutr. Campinas.2007;20(6):669-80.
LAMBERT, J. L. et al As principais evoluções dos comportamentos alimentares: o caso da França. Revista de Nutrição, Campinas, v.18, n. 5, p. 577-591, out. 2005.
LIGNANI JB, SICHIERI R, BURLANDY L. Changes in food consumption among the Programa Bolsa Família partipant families in Brazil. Public Health Nutr 2010; 14(5):785-792.
LIMA, M. A. M. et al. Azeite e seus benefícios. Simpósio Paraibano de Saúde: Tecnologia, Saúde e Meio Ambiente à Serviço da Vida, João Pessoa – PB, p. 149-152, 2012.
LOUZADA MLC, BARALDI LG, STEELE EM, MARTINS APB, CANELLA DS, CLAUDE-MOUBARAC JL, BERTAZZI R, CANNON G, AFSHIN A, IMAMURA F, MOZAFFARIAN D, MONTEIRO CA. Consumption of ultra-processed foods and obesity in Brazilian adolescents and adults. Prev Med 2015; 81:9-15.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 2ª Edição. Brasília/DF, 2014. 150 p.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia alimentar para a população brasileira. Minostério da Saúde. Secretaria de Atenção à saúde. Departamento de Atenção Básica. 2ª Edição. Brasília/DF,2006. 32p.
MONTEIRO, C.A.; CANNON, G.; LEVY, R.; MOUBARAC, J.C.; JAIME, P.; MARTINS, A.P.; CANELLA, D.; LOUZADA, M.; PARRA, D.; RICARDO, C.; CALIXTO, G.; MACHADO, P.; MARTINS, C.; MARTINEZ, E.; BARALDI, L.; GARZILLO, J.; SATTAMINI, I. Classificação dos alimentos. Saúde Pública. NOVA. A estrela brilha. World Nutrition, volume 7, número 1-3, Janeiro- Março. 2016. Acesso em 10 maio 2017.Disponívelem:http://www.cookie.com.br/site/wpcontent/uploads/2016/12/NOVA-Classifica%C3%A7%C3%A3o-dos-Alimentos.pdf
MONTEIRO CA. Nutrition and health. The issue is not food, nor nutrients, so much as processing.
Public Health Nutr. 2009;12(5):729-31.DOI:10.1017/S136898000900529115.
MONTEIRO CA, LEVY RB, CLARO RM, CASTRO IRR,CANNON G. A new classification of foods based on the extent and purpose of their processing.Cad Saude Publica. 2010;26(11):2039-49.DOI:10.1590/S0102-311X2010001100005
MONTEIRO CA, CANNON G, LEVY RB, CLARO RM, MOU¬BARAC J-C. The Food System. Ultra-processing. The big issue for nutrition, disease, health, well-being. World Nutr 2012; 3(12):527-569
MORENO LA, Gottrand F, Huybrechts I, Ruiz JR, González-Gross M, DeHenauw S, et al. Nutrition and lifestyle in european adolescents: the HELENA (Healthy Lifestyle in Europe by Nutrition in Adolescence) study. Adv Nutr 2014; 5:615S-23
MOUBARAC J-C, MARTINS AP, CLARO RM, LEVY RB, CANNON G, MONTEIRO CA. Consumption of ultra-processed foods and likely impact on human health. Evidence from
Canada. Public Health Nutr. 2013;16(12):2240-8.DOI:10.1017/S1368980012005009
MOZAFFARIAN, D. et al. on behalf of the American Heart Association Statistics Committee and Stroke Statistics Subcommittee. Heart disease and stroke statistics 2015 update: a report from the American Heart Association. Disponível em: Acesso em 19/03/2016.
PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION. Ultra-processed food and drink products in Latin America: Trends, impact on obesity, policy implications. Washington, DC. Pan American Health: PAHO, 2015. ISBN 978-92-75-11864-1
PEREIRA ALF, Vidal TF, Constant PBL. Antioxidantes alimentares: importância química e biológica. Rev. Soc. Bras. Alim.2009;34(3):231-47.
ROLLS BJ.The relationship between dietary energy density and energy intake.Physiol Behav. 2009;97(5):609-15. DOI:10.1016/j.physbeh.2009.03.011
RODRIGUES, F. S.; SABES, J. J. S. A percepção do consumidor de alimentos "fora de casa": um estudo multicaso na cidade de Campo Grande/MS. Caderno de Administração, Bauru, v. 14, n.2, p. 37-45, 2006.
SCHLINDWEIN, M. M.; KASSOUF, A. L. Influência do custo de oportunidade do tempo da Mulher sobre o padrão de consumo alimentar no Brasil. Pesquisa e Planejamento econômico, Rio de Janeiro, v.37, n.3, p. 489-520, dez. 2007.
WILLETT, W. C. Trans fatty acids and cardiovascular disease: epidemiological data. Atherosclerosis Supplements, v. 7, n. 2, p. 5-8, 2006
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). obesity. 2017 [acesso em 2017 mai 22].
WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases. Geneva, 2003. (Tecnical Report Series 916).
YANG, Q.; ZHANG, Z.; GREGG, E.W.; FLANDERS, W.; MERRITT, R.; HU, F.B. Added Sugar Intake and Cardiovascular Diseases Mortality Among US Adults. JAMA Intern Med.;174(4):516-524, 2014.