Concepção da violência obstétrica pelas puérperas
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhrv6n6-159Keywords:
parto, violência obstétrica, humanização da assistência, direito das puérperasAbstract
Pressupondo que as puérperas possuem pouco conhecimento sobre violência obstétrica as quais são amiúde submetidas, que essa ultrapassa o corpo físico, acometendo a saúde mental e, que as vítimas não a reconhecem quando a estão sofrendo, devido às emoções do processo. O trabalho de parto é uma ocasião importante na vida da mulher. Um momento que deve ser cercado de rede de apoio que promova o acolhimento e segurança da puérpera. Infelizmente, não é isso que se observa na rotina de atendimento hospitalar, nomeadamente no sistema único de saúde (SUS), quando não é incomum presenciar passagens desestimulantes e, até mesmo cruéis como as asseverações propaladas por profissionais da saúde à parturientes em momento de sofrimento. Avaliar a percepção das puérperas acerca da violência obstétrica no parto, e seus direitos. Trata-se de uma Revisão Narrativa de literatura em estudos científicos sobre percepção das puérperas relacionada a violência obstétrica. Da pesquisa que foi realizada nas bases de dados Brazilian Journal of Health Review, PubMed, BVS saúde e SciELO foram selecionados 4 estudos com relatos de vivências durante o procedimento de parto. mostraram, além da parcimoniosa quantidade de pesquisa sobre o tema, a carência de humanização de profissionais em relação ao tratamento dispensado à paciente e, deficiência de conhecimento, por parte das pacientes, em relação aos seus direitos. A pesquisa revelou que, além do número limitado de estudos sobre o tema, havia falta de humanidade no tratamento prestado aos pacientes pelos profissionais e falta de conhecimento por parte dos pacientes sobre seus direitos.
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