Análise antropométrica de mandíbulas humanas como estrutura anatômica para determinação sexual
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhrv6n6-091Keywords:
mandíbula, dimorfismo sexual, radiografia panorâmicaAbstract
A identificação forense após fatalidades é dificultada frente à decomposição cadavérica, sendo o reconhecimento pela ossada o primeiro a ser oportunizado com a definição do sexo do esqueleto analisado. Estudos recentes demonstram que a mandíbula pode ser utilizada como parâmetro no diagnóstico sexual por ser suscetível à atividade da musculatura mastigatória, e que esta é diferente entre os sexos. Entretanto, ressalta-se que fatores étnicos também afetam o formato da mandíbula. O estudo objetivou elaborar um padrão regional de determinação sexual, a partir da mandíbula, por meio da análise de materiais ante e post mortem da população de interesse. Foram analisados em 386 radiografias panorâmicas: altura do ramo, altura do corpo, altura do mento, altura do forame mentual, distância entre os côndilos, distância entre os ângulos mandibulares, distância entre os processos coronoides, distância entre os forames mentuais, largura do ramo, largura da incisura, comprimento mandibular de ângulo a mento, distância entre o forame mentual e o mento, distância entre o forame mentual e o ramo, posição do forame mentual em relação aos dentes posteriores, e presença de uma flexura na borda posterior do ramo na altura do plano oclusal. Os resultados foram avaliados através de testes estatísticos e os padrões reconhecidos para a região de interesse foram testados em mandíbulas maceradas. Conclui-se que a definição de mandíbulas masculinas é dada pela distância entre os côndilos e os ângulos mandibulares, enquanto mandíbulas femininas são determinadas pela distância entre os processos coronoides e pelos comprimentos mandibulares de ângulo a mento bilateralmente.
References
Neto JP, Silva MC, Oliveira JB, Campina RC. Individualizing features in human bones as an additional tool in the identification process: importance for forensic anthropology. Braz J Health Rev. 2022;5(2):6022-2022. doi: https://doi.org/10.34119/bjhrv5n2-178
Senol GB, Tuncer MK, Nalcao N, Aydin KC. Role of mandibular anatomical structures in sexual dimorphism in Turkish population: a radiomorphometric CBCT study. J. Forensic Odonto-Stomatol. 2022;40(1):53-64.
Silva OC, Pessoa CP, Oliveira MC, Martins MC, Whitaker WR, Torres-da-Silva KR, et al. Anthropometric study of palatine foramen in dry skulls from Mato Grosso do Sul. Braz J Health Rev. 2023;6(3):9075-85. doi: https://doi.org/10.34119/bjhrv6n3-057
Tallman SD, Go MC. Application of the optimized summed scored sttributes method to sex estimation in Asian crania. J Forensic Sci. 2018;63(3):809-14. doi:10.1111/1556-4029.13644.
LopezCapp TT, Rynn C, Wilkinson C, Paiva LA, Crosato-Michel E, Biazevic MG. Discriminant analysis of mandibular measurements for the estimation of sex in a modern Brazilian sample. Int. J. Legal Med. 2018;132(3):843-51. doi: https://doi.org/10.1007/s00414-017-1681-8
Bulut O, Freudenstein N, Hekimoglu B, Gurcan S. Dilemma of gonial angle in sex determination: sexually dimorphic or not?. Am J Forensic Med Pathol. 2019;40(4):361-65. doi: https://doi.org/10.1097/PAF.0000000000000500
Ishwarkumar S, Pillay P, Haffajee MR, Satyapal KS. Morphometric analysis of the mandible in the Durban metropolitan population of South Africa. Folia Morphol. 2017;76(1):82-6. doi: https://doi.org/10.5603/FM.a2016.0041
Amin WM. Osteometric assessment of various mandibular morphological traits for sexual dimorphism in jordanians by discriminant function analysis. Int. J. Morphol. 2018;36(2):642-50. doi: http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95022018000200642.
Carvalho SP, Brito LM, Paiva LA, Bicudo LA, Crosato EM, Oliveira RN. Validation of a physical anthropology methodology using mandibles for gender estimation in a Brazilian population. J. Appl. Oral Sci. 2013; 21(4):358-62. Doi: https://doi.org/10.1590/1678-775720130022
Alves N, Deana NF. Sex prediction from metrical analysis of macerated mandibles of brazilian adults. Int. J. Morphol. 2019;37(4):1375-81. doi: http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95022019000401375.
Belaldavar C. Acharya AB, Angadi P. Sex estimation in Indians by digital analysis of the gonial angle on lateral cephalographs. J. Forensic Odonto-Stomatol. 2019;37(2):45-50.
Alsoleihat F, Al-Omari AR, Al-Sayyed AR, Al-Asmar AA, Khraisat A. The mental foramen: a cone beam CT study of the horizontal location, size and sexual dimorphism amongst living Jordanians. J. Comp. Hum. Biol. 2018;69(6):335-9. doi: https://doi.org/10.1016/j.jchb.2018.11.003
Galdames IC, Matamala DA, Smith RL. Performance evaluation as a diagnostic test for traditional methods for forensic identification of sex. Int. J. Morphol. 2009;27(2):381-86.
Alves N, Ceballos F, Munoz L, Deana NF. Sex estimation by metric analysis of the angle of mandible and the mandibular ramus: a systematic review. Int. J. Morphol. 2022;40(4):883-94. doi: http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95022022000400883
White SC, Pharoah MJ. Radiologia oral: princípios e interpretações. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2020.
Lemos AD, Katz CR, Heimer MV, Rosenblatt A. Mandibular asymmetry: a proposal of radiographic analysis with public domain software. Dental Press J. Orthod. 2014;19(3):52-8. doi: https://doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.052-058.oar
Teixeira LM, Reher P, Reher VG. Anatomia aplicada à odontologia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2020.
Ortiz AG. Identificação humana e estimativa do sexo a partir de pontos anatômicos em radiografias panorâmicas [dissertação de mestrado]. São Paulo (SP): Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; 2018.
Moore KL, Dalley AF, Agur AM. Anatomia orientada para clínica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2019.