Análise do perfil epidemiológico das internações de pacientes por complicações do Câncer de Cólon no estado do Piauí entre os anos de 2008 e 2021

Abstract

O câncer de cólon é uma doença comum e letal e trata-se do terceiro câncer mais prevalente em homens e o segundo mais prevalente em mulheres no mundo. Essa neoplasia maligna geralmente surge a partir de um adenoma que pode levar de 10 a 15 anos para se transformar em um câncer e, nesse intervalo de tempo, é possível fazer o rastreio do paciente por meio da identificação de lesões precoces ou localmente avançadas e ressecção destas e, portanto, prevenção e tratamento precoce do tumor. Tem-se por finalidade, ao longo desse estudo, traçar um perfil epidemiológico dos casos de internações de pacientes por câncer de cólon, especificamente no estado do Piauí entre os anos de 2008 e 2021, permitindo estabelecer discussões acerca dos dados coletados. A partir dos dados coletados é possível observar que a média de internações de pacientes devido problemas relacionados ao câncer de cólon foi de 424 casos, com um desvio padrão de 169, aproximadamente. O maior valor registrado para essas internações no estado do Piauí foi de 863 casos no ano de 2017, já o valor mínimo foi no ano de 2021, com 266 registros. Em relação à cor/raça, a maioria absoluta das internações por câncer de cólon foram em pessoas autodeclaradas pardas (94%). No que se refere ao sexo, a maioria dos casos de internação por câncer de cólon ocorreu em mulheres, apresentando 3330 registros, correspondendo a 56% do total, aproximadamente. No que tange à faixa etária, observa-se que os maiores valores são obtidos em pacientes idosos, principalmente na faixa etária de 60-69 anos, sendo registrado 1657 internações para essa faixa de idade, o que corresponde a 28% do valor total. Já no que tange aos gastos públicos por internações de pacientes devido câncer de cólon, Teresina lidera com um gasto total de mais de R$7800000,00 de reais no período de 2008 a 2021. Este estudo possibilitou a descrição do perfil dos pacientes internados acometidos com neoplasia maligna de cólon no estado do Piauí, mostrando-o bem semelhante com os dados publicados na literatura, sendo assim descritos: predominância do sexo feminino, idosos, e pacientes autodeclarados pardos. Os dados obtidos reforçaram a preponderância dos fatores ambientais para a patologia em questão, assim, torna-se necessária a instituição de aperfeiçoamentos no rastreamento dessa patologia, para, inclusive, tornar o tratamento mais efetivo, uma vez que a evolução da doença pode ser silenciosa e letal.