Mudanças nos padrões de morbimortalidade por insuficiência cardíaca nos pacientes hospitalizados do sistema único de saúde e seus impactos econômicos
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhrv6n6-045Keywords:
insuficiência cardíaca, epidemiologia, doenças cardiovasculares, saúde pública, hospitalizaçãoAbstract
A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome complexa considerada via final comum de diversas doenças cardiovasculares e, dada sua alta prevalência é necessário a compreensão de seu perfil de morbimortalidade. Descrever o perfil da morbimortalidade por IC entre internações registradas no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e seu impacto na saúde pública entre 2008 e 2020. Estudo de cunho epidemiológico descritivo, com dados obtidos utilizando o aplicativo TABNET, desenvolvido pelo DATASUS. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, sem restrição de idade, que foram internados com o diagnóstico confirmado de IC no Brasil, durante o período de janeiro de 2008 a dezembro de 2020. Os dados foram estratificados considerando sexo, faixa etária, etnia/raça declarada, regime e caráter de atendimento. Durante o período estudado, 2.984.424 pacientes foram internados por IC no SUS. A maioria era do sexo masculino: 1.533.469 (51,38%); de idosos com faixa etária predominante entre 70 a 79 anos: 788.367 (26,41%); de etnia branca: 1.102.860 (36,95%); regime privado 1.196.559 (46,10%) e por caráter de atendimento de urgência 2.827.354 (94,73%). O valor médio de internação foi estimado em R$ 1.371,67 gerando um custo anual a economia brasileira de R$ 341.137.000. A insuficiência cardíaca é um importante problema de saúde pública, causando, além de uma elevada morbidade nas pessoas acometidas, um alto custo financeiro ao Sistema Único de Saúde (SUS).
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