Abordagem abrangente das infecções do trato urinário: aspectos fisiopatológicos e estratégias terapêuticas

Abstract

As infecções do trato urinário (ITUs) representam um significativo desafio na esfera da saúde pública, destacando-se o aumento crescente nas taxas de recorrência e resistência antimicrobiana. Nota-se que a infecção do trato urinário constitui uma das ocorrências mais frequentes entre as mulheres, afetando 10% daquelas com idades entre 16 e 35 anos; adicionalmente, estima-se que cerca de 40 a 60% delas experimentarão ao menos um episódio de ITU ao longo de suas vidas. A avaliação clínica dos pacientes com suspeita de ITU engloba a identificação dos sintomas mais comuns, tais como disúria, dor suprapúbica, hematúria e polaciúria, assim como sinais sistêmicos que podem indicar complicações, como febre, inapetência, calafrios e lombalgia. O diagnóstico das ITUs deve ser embasado na combinação de avaliação clínica e procedimentos laboratoriais, incluindo exames de urina simples, coloração de Gram e urocultura. A confirmação definitiva da infecção do trato urinário requer o isolamento e identificação do agente causal através da urocultura. Quanto às abordagens terapêuticas, a escolha entre as opções disponíveis varia de acordo com a localização da infecção e a presença de complicações associadas. No contexto de ITUs de caráter recorrente, é recomendável adotar uma abordagem individualizada, englobando intervenções tanto farmacológicas quanto não farmacológicas.