O paradoxo dos benzodiazepínicos: uma avaliação neurobiológica das consequências do uso e abuso na saúde física e mental

Authors

  • Mariana Beatriz Gomes de Abreu
  • Hilário Oliveira Mororó Filho
  • Iann Gabriel André Freire
  • Ryan Carvalho Coradi
  • Renato Catunda Mesquita
  • Luma Araujo Marques Sousa
  • Lucas Furtado Viana
  • Vicente Tadeu Aragão Matos Filho
  • Francisco Elder Veras Leitão Filho
  • Pedro Henrique de Sousa Pinheiro Estevam
  • Igor Fontenele Moreira
  • Antonio Igor Camelo Marques
  • Davi Viana Souza Fontenele
  • Emanuel Davi Braga Leite Albuquerque
  • Roberta Aguiar de Pinho
  • Pedro José Targino Ribeiro
  • Renato Jorge Rodrigues Filho
  • Cyntya Halynne Ferreira da Ponte
  • José dos Santos Macedo Melo
  • Samilly Hellen Ferreira Mendes
  • Denise Francisca dos Santos
  • Gilmara Santos Melo Duarte
  • Maria da Gloria Ponte Carneiro
  • Larissa Sousa Ferreira
  • Gabriella Mendes Justino
  • Leord Holanda Rebouças de Deus
  • Francisco de Assis Lira Filho
  • Francisco Kelton Araujo Lira
  • Maria Daiana Rufino Freire

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv6n4-163

Keywords:

benzodiazepínicos, efeitos psicotrópicos, efeitos neurobiológicos

Abstract

O uso indiscriminado de benzodiazepínicos tem sido objeto de preocupação devido suas consequências na saúde física e mental. Este artigo buscou avaliar neurobiologicamente os impactos dessas substâncias, conhecidas por modular a neurotransmissão gabaérgica, e confrontar as ideias centrais dos estudos disponíveis na atualidade. A ação dos benzodiazepínicos no sistema nervoso central promove efeitos ansiolíticos, sedativos, hipnóticos e relaxantes musculares, resultando em alívio imediato de sintomas como ansiedade e insônia. No entanto, o uso crônico dessas substâncias está associado a diversas consequências negativas. O comprometimento cognitivo é um dos principais impactos observados, incluindo déficits de memória e atenção. Além disso, o uso prolongado de benzodiazepínicos pode levar à queda da função hepática, aumentando o risco de lesões no fígado. O risco de quedas e fraturas também é elevado, principalmente em idosos, devido aos efeitos sedativos e relaxantes musculares dessas substâncias. O desenvolvimento de dependência e a síndrome de abstinência são preocupações adicionais, exigindo uma descontinuação gradual e monitoramento cuidadoso. Esta revisão de literatura abordou estudos que reforçam essas preocupações, destacando a importância de uma abordagem individualizada na prescrição de benzodiazepínicos. Profissionais de saúde devem considerar os riscos e benefícios, promovendo estratégias não farmacológicas para o manejo da ansiedade e insônia. No contexto brasileiro e mundial, é essencial conscientizar os pacientes sobre os potenciais riscos associados ao uso prolongado dessas substâncias. Alternativas terapêuticas estão sendo investigadas, visando minimizar os efeitos colaterais e oferecer opções mais seguras e eficazes. Em conclusão, o uso e abuso de benzodiazepínicos apresenta um paradoxo entre os benefícios terapêuticos imediatos e os riscos a longo prazo. Profissionais de saúde desempenham um papel fundamental na prescrição responsável dessas substâncias, garantindo o uso adequado e promovendo estratégias alternativas para o cuidado da saúde mental e física dos pacientes.

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Published

2023-07-27

How to Cite

DE ABREU, M. B. G.; MORORÓ FILHO, H. O.; FREIRE, I. G. A.; CORADI, R. C.; MESQUITA, R. C.; SOUSA, L. A. M.; VIANA, L. F.; MATOS FILHO, V. T. A.; LEITÃO FILHO, F. E. V.; ESTEVAM, P. H. de S. P.; MOREIRA, I. F.; MARQUES, A. I. C.; FONTENELE, D. V. S.; ALBUQUERQUE, E. D. B. L.; DE PINHO, R. A.; RIBEIRO, P. J. T.; FILHO, R. J. R.; DA PONTE, C. H. F.; MELO, J. dos S. M.; MENDES, S. H. F.; DOS SANTOS, D. F.; DUARTE, G. S. M.; CARNEIRO, M. da G. P.; FERREIRA, L. S.; JUSTINO, G. M.; DE DEUS, L. H. R.; LIRA FILHO, F. de A.; LIRA, F. K. A.; FREIRE, M. D. R. O paradoxo dos benzodiazepínicos: uma avaliação neurobiológica das consequências do uso e abuso na saúde física e mental. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 6, n. 4, p. 16052–16065, 2023. DOI: 10.34119/bjhrv6n4-163. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/61758. Acesso em: 5 may. 2024.

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