Avaliação de prescrições de medicamentos potencialmente perigosos em um hospital do sudoeste da Bahia / Evaluation of prescriptions for potentially dangerous medicines in a hospital in southwest Bahia
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhrv5n1-309Keywords:
erros de prescrição, medicamentos potencialmente perigosos, erros de medicação.Abstract
Erro de medicação é um evento evitável que pode estar relacionado a vários fatores, entre eles a prescrição e prática profissional. Quando envolve uma determinada classe de medicamentos, os potencialmente perigosos, esses erros são mais prejudiciais à saúde do paciente. O trabalho tem como objetivo avaliar as prescrições de medicamentos potencialmente perigosos em um Hospital do sudoeste baiano. Foi realizado um estudo descritivo, transversal e exploratório, envolvendo 1483 prescrições de Medicamentos Potencialmente Perigosos (MPP), de dois setores do hospital, do mês de janeiro de 2017. Foi analisada as variáveis que envolvem diretamente o medicamento (forma farmacêutica, intervalo de infusão, via de administração, Taxa de infusão e concentração). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética, com nº de parecer: 2.420.322. Foram avaliadas 1483 prescrições, encontrando 5.162 erros, média de 3,48 por prescrição. A legibilidade foi boa em 100% das prescrições. A forma farmacêutica foi omissa em 95,95% dos casos (n=1423). A variável via de administração foi pouco legível ou duvidosa em 914 prescrições (61,63%). Com relação à taxa de infusão, houve ausência dessa informação em 60,48% das prescrições (n=897), já a concentração apresentou a menor taxa de erro entre todos e 45,58% (n=676) desses, foi por omissão. O midazolam (MPP mais prescrito) apresentou maior número de erros, 1018, seguido pelo fentanil, 797. Nove dos MPP mais prescritos estão envolvidos em mais de 80% dos erros. Observou-se que os profissionais do hospital não realizam as prescrições corretamente. A ausência de informações pode facilitar a ocorrência de erros de medicação, sendo mais preocupantes quando relacionado com os MPP. Sabendo que essas são informações que devem obrigatoriamente conter nas prescrições, sugere-se que padronizem os procedimentos para realização da prescrição.
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