Violência contra a mulher e a relação com o cuidado na atenção primária à saúde / Violence against women and the relationship with care in primary health care

Abstract

Objetivo: verificar as vulnerabilidades que permitem a perpetuação da violência física, mental e sexual contra a mulher e o papel da atuação da Atenção Primária à Saúde (APS) nesse contexto. Método: realizou-se uma revisão integrativa, nas bases de dados Up To Date, ScieLo, LILACS e Pubmed, referente ao período de 2015 a 2020. Nestas plataformas, foram utilizados os descritores violência, atenção primária à saúde e mulher a fim de qualificar a análise dos dados. Resultados: analisou-se um total de 15 artigos, os quais abordaram as principais variáveis em relação as fragilidades encontradas quando ocorre a prática de violência contra a mulher. Questões culturais, precariedade habitacional, baixa renda e mínimo conhecimento informacional são características que vão ao encontro dos perfis de vítimas de violência. Ademais, a APS é um serviço de saúde, muitas vezes, de fácil acesso e que pode garantir o apoio à mulher vítima de violência física, mental e sexual oferecendo serviços como atendimento médico, psicológico e, se for de vontade da mulher, assistencial em relação a denúncia do agressor. Desse modo, a APS age como um meio singular que fomenta a decisão, autonomia e participação feminina em busca de seus direitos, a fim de garantir sua saúde e bem estar físico, social, mental e espiritual. Conclusão: a mulher vítima de violência, apesar de apresentar diversas características que as colocam em situação de suscetibilidade física, mental e sexual, tem na APS uma ferramenta de ratificação e apoio em relação a proteção, segurança e cuidado.