A Colaboração Interprofissional no contexto da Saúde da Família no Brasil e em Portugal: Um estudo de casos comparados / Interprofessional Collaboration in the context of Family Health in Brazil and Portugal: A comparative case study
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhrv3n3-207Keywords:
Relações Interprofissionais, Comportamento cooperativo, Atenção primária à saúde, Governança clínica.Abstract
O propósito deste estudo foi compreender a dinâmica da Colaboração Interprofissional no contexto do trabalho da Estratégia Saúde da Família (Brasil) e das Unidades de Saúde Familiar (Portugal). A Colaboração Interprofissional envolve aspetos relacionais, organizacionais e estratégicos que configuram o trabalho em equipe e a governança clínica no cotidiano dos serviços. Desenvolveu-se um estudo de casos comparados, observando-se políticas e serviços de saúde e a adaptação de um modelo de avaliação da Colaboração Interprofissional. Para a coleta de dados utilizou-se pesquisa documental, entrevistas semiestruturadas, observação direta e questionário. Observou-se que: a) os esforços para a cogestão democrática da equipe, contribuem para a efetivação da qualidade do cuidado; b) há um distanciamento dos órgãos gestores em relação ao trabalho cotidiano das equipes, suas lutas e desafios concretos; c) diferenças marcantes na governança clínica e do trabalho colaborativo entre os dois casos.
References
Patton MQ. Utilization-Focused Evaluation. The new century text. Thousand Oaks, Sage Publications, 1997
D'Amour D, Ferrada-Videla M, San Martin Rodriguez L, Beaulieu MD. Conceptual basis for interprofessional collaboration: Core concepts and theoretical frameworks. J Interprof Care, Abingdon, 2005, 19(1): 116-131.
Goh T, EccleS M, Steen N. Factors predicting team climate, and its relationship with quality of care in general practice. BMC Health Services Research, London, 2009, 9(138).
Hardin A, Fuller MA, Valacich J. Measuring Group Efficacy in Virtual Teams: New Questions in an Old Debate. Small Group Research, 2006, 37(1): 65-85.
Nørgaard B, et al. Interprofessional clinical training improves self-efficacy of health care students, Medical Teacher, London, 2013, 35(6):1235-1242.
Puente-Palacios K, Borba AC. Equipes de Trabalho: fundamentos teóricos e metodológicos da mensuração de seus atributos. Avaliação Psicológica, Campinas, 2009, 8(3): 369-379.
Puente-Palacios K, Vieira R. Desenvolvimento de uma Medida de Comprometimento com a Equipe. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, Brasília, 2010, 10(1):81-92.
Santos LJ, Paranhos MS. Family Health Teams workers in Rio de Janeiro: leadership aspects in a study on organizational climate. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2017, 22(3):759-770.
Schneider B, et al. Organizational climate and culture: Reflections on the history of the constructs in the J Applied Psychology, Washington, 2017, 102(3):468-482.
Whiteoak JW, Chalip L, Hort LK. Assessing group efficacy: Comparing three methods of measurement. Small Group Research, Newbury Park, 2004, 35(1):158-173.
Canada. A National Interprofessional Competency Framework. Canadian Interprofessional Health Collaborative, College of Health Disciplines, University of British Columbia, Vancouver, Canada, 2010.
Organização Mundial de Saúde. Framework for Action on Interprofessional Education & Collaborative Practice. World Health Organization, Department of Human Resources for Health, CH-1211 Geneva 27, Switzerland, 2010.
Conill EM, Fausto MCR, Giovanella L. Contribuições da análise comparada para um marco abrangente na avaliação de sistemas orientados pela atenção primária na América Latina. Ver. Bras. Saúde Mater. Infan., Recife, 2010, 10(suplemento 1):s14-s27.
Brito GEG. O processo de trabalho na Estratégia Saúde: um estudo de caso / 2015. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2016
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria Nº 399/2006. Pacto pela Saúde, Brasília, 2006.
Pisco L. Reforma da Atenção Primária em Portugal em duplo movimento: unidades assistenciais autónomas de saúde familiar e gestão em agrupamentos de Centros de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2011, 16(6):2841-2852.
Way D, Jones L, Busing, N. Collaboration in Primary Care – Family Doctors & Nurse Practitioners Delivering Shared Care. Discussion Paper. The Ontario College of Family Physicians, 2000.
D'amour D. Structuration de la Collaboration Interprofessionnelle dans les Services de sante se Premiere Ligne au Québec. Thèse (Université de Montréal) - Faculté des études superieures), Montréal, 1997.
Crozier M, Friedberg E. L’acteur et le syste`me. Paris: Seuil. 1977.
D’amour D, et al. A model and typology of collaboration between professionals in healthcare organizations. BMC Health Services Research, London, 2008, 8(188):1-14.
Agreli H, Peduzzi M, Bailey C. The relationship between team climate and interprofessional collaboration: Preliminary results of a mixed methods study. J Interprof. Care, Abingdon, 2017, 31(2):184-186.
Chiaverini DH. Guia prático de matriciamento em saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.
Gomes R, et al. A Polissemia da Governança Clínica: uma revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2015, 20(8):2431-2439.
Biscaia AR. A reforma dos cuidados de saúde primários e a reforma do pensamento. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Lisboa, 2006, 22(1):67-79.
Santos I, Sá E. Estratégias de governação clínica. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Lisboa, 2010, 26:606-612.
Yin RK. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos / Yin RK; 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Baxter P, Jack S. Qualitative Case Study Methodology: Study Design and Implementation for Novice Researchers. The Qualitative Report, 2008, 13(4):544-559.
Gerschman S. Políticas comparadas de saúde suplementar no contexto de sistemas públicos de saúde: União Européia e Brasil. Ciência & Saúde Coletiva [online]. Rio de Janeiro, 2008, 13(5):1441-1451.
Burau V, Blank RH. Comparing health policy: an assessment of typologies of health systems, Journal of Comparative Policy Analysis, 2006, 8:63-76.
Tobar F. Herramientas para el análisis del sector salud / Tools for health sector analysis. Medicina y Sociedad, Buenos Aires, 2000, 23(2):83-96.
Giovanella L, et al. Sistemas de salud en Suramérica: desafios para la universalidad la integralidad y la equidad / Instituto Suramericano de Gobierno en Salud; Giovanella L, Feo O, Faria M, Tobar S (orgs.). Rio de Janeiro: ISAGS, 2012
Andrade LOM, et al. Estratégia Saúde da Família em Sobral: oito anos construindo um modelo de atenção integral à saúde. SANARE: Revista Políticas Públicas, Sobral, 2004, 5(1):9-19.
Rocha PM, Sá AB. Reforma da Saúde Familiar em Portugal: avaliação da implantação. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2011, 16(6):2853-2863.
Bandura A. Self-efficacy in changing societies. Cambridge, University Press, 1995.
Landis J, Koch G. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics, Washington, 1977, 33(1):159-174.
George D, Mallery P. SPSS for Windows step by step: A simple guide and reference. 11.0 update (4th ed.). Boston: Allyn & Bacon. 2003.
Gonçalves DIF. Pesquisas de Marketing pela internet: as percepções sob a ótica dos entrevistados. Ver. Adm. Mackenzie, São Paulo, 2008, 9(7):71-88.
Sheehan KB. E-mail Survey Response Rates: A Review. Journal of Computer-Mediated Communication, State College, 2001, 6(2).
Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unesco/ Ministério da Saúde, 2002.
Giovani MSP, Vieira CM. Longitudinalidade do cuidado diante da rotatividade de profissionais na Estratégia Saúde da Família. Rev. Eletrôn. Com. Inform. Inov. Saúde [Internet]. Rio de Janeiro, 2013, 7(4).
Agreli HF, Peduzzi M, Silva MC. Atenção centrada no paciente na prática interprofissional colaborativa. Interface (Botucatu), 2016, 20(59):905-916.
D'amour D, Claude S, Levy R. L'action collective au sein d'équipes interprofessionnelles dans les services de santé. Sciences sociales et santé, Toulouse, Année 1999, v.17, n.3, p. 67-94, 1999
Soares CHA, et al. Sistema Saúde Escola de Sobral – CE. SANARE: Ver. Pol. Públicas, 2008, 7(2):7-13.